Noites azuis, de Joan Didion
Livros que li
Honestidade. Esta é a palavra que me ocorre quando penso neste livro. O discurso é ocasionalmente desconexo. Não há um fio condutor claro, mas há sentimentos que persistem. Umas vezes medo, outras a dor da perda, um certo nevoeiro que atenua a dor e deixa que as memórias entrem para que quem desapareceu possa ainda estar presente por breves instantes. A irregularidade do texto enaltece a franqueza com que foi escrito. A necessidade de contar um sentimento sem a preocupação de polir as palavras.
Já abraço muitas vezes o meu filho. Sempre o fiz. Somos assim, pessoas de abraços. Eu só com ele. Ele com todos os que gosta e mais ainda comigo. Enquanto lia este livro abracei-o ainda mais. Precisava de lhe sentir perto. De saber que tenho o cheiro dele bem gravado em mim.
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