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Exercício de escrita

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05.02.23

Vamos ao resumo desta semana do demo?
Vamos.

O algoritmo anda a tentar lixar-me as estatísticas porque eu agora ponho mais texto que imagem. Assim sendo decidi arranjar uma forma inovadora de o mandar para o caralhinho, fotografando uma panóplia de piretes, cada um deles caminhando em diferentes direções.

Está um frio que não se pode e eu tenho a cara toda escangalhada de ir passear o cão com pouco mais e 0 graus. Caralinho para o tempo.

Esta semana foi pior do que as anteriores. Fiz tanta coisa e senti que nunca fiz o suficiente. É como ter o barco num remoinho, por mais que reme nunca saio do lugar. Caralhinho para as tarefas.

O otorrino do meu filho quer operar o miúdo outra vez. Dois caralhinhos para isso.

A pequenina está constipada e com as oscilações de temperatura em casa nunca mais se põe boa. Caralhinho para a humidade.

Só me apetece gritar e mandar o planeta todo bardamerda. Mas vou antes mandar para o caralhinho que é para os pontos ficarem a fazer pendant.

Tenho tanta roupa para lavar que sinto que a tripulação do navio escola Sagres mora cá em casa. Caralhino para a roupa.

Estou com o cabelo num cruzado de rata de esgoto e patareca desconchavada. Para além disso tenho tanto pêlo na tromba que pareço o chewbacca de frente. O que vale é que só tenho reuniões à distância e posso dizer que o pêlo é problema de ligação. Caralhinho para os folículos capilares.

A gastro confirmou que tenho uma DII, uma porcaria auto imune que me destempera a tripa quando está ativa. Diria caralhinho para o cu, mas não posso porque é o meu.

O meu puto faz anos na próxima semana e eu ando chorosa e nostálgica. Caralhinho para esta pieguice.

Ontem fiz panquecas, nem essas me sairam bem. Caralhinho para a receita.

O que vale é que vou estar de férias nas próximas duas semanas, não vou passear para lado nenhum e vou ter tempo para limpar o pó e arrumar as gavetas da roupa.

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04.02.23

E foi quando vi um gajo a atirar uma pedra a um Clio azul que se instalou o pânico. O calhau entrou pelo vidro do pendura e foi acertar na mona de uma velhota que estava a cochilar no banco de trás.

 

O que eu tenho para escrever hoje não tem nada que ver com uma velha vítima de uma pedrada, nem com um Clio, nem com um gajo que mandou um calhau. Acontece que não tenho nada de jeito para escrever e ocorreu-me que usando os mais recentes e inovadores métodos do jornalismo sensacionalista, poderia fazer com que, quem está a passar por esta publicação, parasse para ler, num intervalo cognitivo de quem pensa: espera lá, uma velha entrevada por causa de um marmanjo sem pontaria? Like. Logo, assim, à cabeça a pessoa: like. Depois começam a ler a jana que para aqui apresento e pensam: olhem-me esta funcionaria da ganadaria da Quinta de São Piriscas a mangar com uma pessoa. Ponderam fazer unfollow, mas depois aparece qualquer coisa mais interessante e vão à vossa vida e o like eu já papei.

 

Estão a ver como é que se faz? Se calhar não, porque eu também não.

 

Estou só à rasca com conteúdos e não tenho cu para vos espetar com as minhas nalgas no ecrã para que se esqueçam que há legenda para ler.

 

 

Mas bom, para não vos deixar em pouco, vamos fazer de conta que o Quim Tó mandou mesmo uma pedrada ao Clio do Gervásio. Vamos imaginar que a Dona Alzira, mãe do Gervásio e da Cremilde, estava sentada no banco de trás do Clio de 99 do filho, à espera que o Gervásio voltasse da tasca onde foi buscar tabaco fiado. A velhota, sendo velhota, pôs-se na sua posição de velhota à espera de consulta no posto de saúde e deixou-se adormecer. Quando abriu os olhos já estava no Beatriz Ângelo a contar os dedos do médico enquanto lhe cosiam o lenho que o paralelepípedo lhe deixou no sobrolho. Quanto ao Quim Tô, moço já nos seus trintas, incerto da bolha e consumido dos nervos, quando chegou a casa já a mãe sabia que ele tinha andado a jogar à bola com os paralelos da calçada, abanou a cabeça e disse-lhe que ele era uma vergonha, um calhau bem atirado com pontaria acertava era no meio dos olhos, para a porca a Alzira aprender a não sacudir tapetes quando ela tinha roupa lavada no estendal.

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03.02.23

Sugestões para o dia dos namorados. Este ano, em vez de darem porcarias que depois acabam na gaveta, ofereçam ações (e não, não são da bolsa).

Já sei que não dá para espetar nas redes sociais, mas aquecem mais cá dentro. Vivam o momento e apreciem as pequenas coisas e todas aquelas frases feitas que as pessoas partilham até à insanidade.

Coisas que a tua gaja quer:

Vira as peúgas do lado direito antes de pores para lavar. Não deixes lenços de papel nos bolsos, nem copos com um restinho de leite no lava loiças. Não faças comentários condescendentes sobre futebol, estacionamento e bricolage, um dia ainda levas com o martelo no alto da mona. Aspira a casa, limpa o pó. Faz a cama de manhã e não te esqueças de pôr as almofadas. Não digas que as almofadas não servem para nada. Aos domingos sai para ir comprar croissants sem ela te ter pedido. Arranja as merdas que estão empanadas em casa ou chama ou mitra que trate disso. Leva os putos ao parque e deixa-a ficar em casa, enrolada nas mantas, a ver o Bridgerton, há lá homens nus bem bons e ela gosta de ver. Aprende duas ou três receitas e faz o jantar. Baixa o tampo da sanita. Faz um workshop online e aprende a mexer na máquina de lavar roupa. Dá-lhe um abraço ao final do dia e pergunta-lhe se ela precisa de alguma coisa. Faz isso sem segundas intenções, nem tudo na vida é sobre pinar.

Coisas que eu acho que o teu gajo pode querer:

Não andes sempre a dizer que ele faz as coisas mal. Deixa-o ir jogar à bola sem achares que ele anda mazé a comer a Jéssica da contabilidade. Não lhe mexas no telemóvel. Não te estejas sempre a queixar dele às amigas só para te sentires parte. Deixa-o tratar dos putos sem pensares que ele os deixa fazer tudo e os compra com gomas e chocolate. Compra, mas toma conta também. Convida-o tu para jantar se te apetece uma saída, em vez de estares a deixar dicas de merda que já sabes que ele não vai perceber.

As relações não vivem de relógios da moda e de jantares em restaurantes atascados com casais a picar o ponto em dias comemorativos. Mais vale 364 dias em que são amigos um do outro, do que um que é mesmo espetacular para mostrar aos outros.

 

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02.02.23

Arrendo quarto supimpa por apenas 3.500 € por semana.

Tem excelente exposição solar, vista para o jardim e fica a apenas 40 quilómetros de Loures. Se a pessoa não tiver a visão comprometida, se não arranjar desculpas, se colocar a sua vontade ao serviço de algo maior, se usar um binóculo e a minha vizinha não se meter à frente, com jeitinho consegue perfeitamente assistir às Jornadas Mundiais da Juventude e, estando o vento a favor, ainda cheira o after shave do papa Chico.

Garante-se neste quarto acesso a televisão, onde podem ver o papa ainda melhor do que no palco, porque pelo menos aqui, sentadinhos no sofá, não têm de estar ensanduichados entre o rabo de duas beatas anafadas para conseguir ver um pontinho branco a caminhar para o palco. Se é para ver no ecrã grande, que vejam no ecrã cá de casa, no quentinho da sala onde até têm melhor som, porque não ouvem as palavras do Chico ao som do mascar do Luisinho que, agastado com toda a aquela confusão e para controlar os nervos, encheu a bocarra com quatro pastilhas gorila.

Digo-vos que é de aproveitar porque não sei durante quanto tempo vou conseguir manter este preço que é, se repararem bem, uma pechincha. São só 3.500 €, mal tenho lucro que chegue para pagar a água e o gás.

Ofereço aos hóspedes atoalhados lavados e aquecidos, uma sanita, um piaçaba para limparem a própria trampa e uma refeição por dia. Sim, é regime de meia pensão, consultei as escrituras e o all inclusive é pecado, pelo que, apesar de não ser crente, a última coisa que quero é colocar pessoas de fé numa posição desconfortável.

Asseguro ainda que, caso não consigam ver o papa e os dois mil cordeirinhos no palco, podem sempre ver a pança do meu vizinho da frente, que costuma andar de cuecas brancas pela casa, o que, não sendo o espetáculo deprimente que procuram, também tem o seu quê de decadente.

As más línguas poderão dizer que 40 quilómetros é muito longe, mas o que seria da fé sem sacrifício? Nada.

Aceito reserva por mp com pagamento de 50% do valor por MBWay. Em caso de cancelamento não há devolução do montante pago. O preço é sem IVA porque a bíblia diz taxativamente: não passarás fatura aos teus irmãos.

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01.02.23

O desatino começa com a pergunta: mãe, podes tirar o papel do chupa?

E a minha mente entra em modo Rambo. Transformo-me no Bruce Lee das guloseimas. Arregaço as mangas e rodo o chupa entre o indicador e o polegar, passo as costas da mão livre pelo nariz e observando-o atentamente, procurando as fragilidades do papel castigador. Quero vencê-lo à primeira. Mas o inimigo é demasiado forte. Não demonstra fraquezas e mantem-se firme, agarrado ao sabor a morango e nata.

Que mil courgettes enrabem o criador sem dó nem piedade.

Não sei se já tentaram abrir um Chupa-Chups, mas aquilo é uma gulodice para as crianças e um desafio intelecto-sensorial para os pais. Jamais as mãos de uma criança conseguirão rodar aquele pedaço de papel que está embebido em supercola 3, cobrindo a bolinha de açúcar tão desejada. A criança, ávida pelo doce, pede ao progenitor que retire o capacete à lambarice, e o progenitor, querendo mostrar-se o mais forte da selva urbana, mostra-se confiante, ainda que saiba, por dentro, que aquele filho da puta daquele papel lhe vai dar cabo das unhas e consumir os nervos.

Como é que é possível que esta mer….a mãe dá já filho, está quase-quase.

E sorri. Sorri, mas sabe que está a perder.

Em desespero leva o chupa à boca. Tenta, num malabarismo de caninos e língua, arrebanhar a pequena prega do papel para a tricar e fazer o primeiro rasgo. Sim. Consegue. Mas ainda falta muito para passar a trincheira. Fica com pedaços minúsculos de papel na boca e cospe para o ar. Faz aquele cuspir de quem esteve a lamber onde não devia e ficou com pelos na ponta da língua. Cospe e cospe. Na reta final, capaz de esfrangalhar o chupa à martelada, arrebanha um pedaço maior e rasga o papel. Está próximo da vitória, agora só falta fazer a parte enroscada sair pelo pauzinho do chupa.

Chama a criança e diz: já está filhote, leva lá o teu chupa. Di-lo forçando uma voz serena que mente e, infrutiferamente, tenta abafar a respiração ofegante.

Pior do que isto, só mesmo a noite de natal, quando a pessoa, depois de olhar com atenção para a caixa, lê a frase em rodapé que diz: pilhas não incluídas.

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Autoterapia »» Parte 0

31.01.23

"Quero começar a escrever e não sei como. Talvez por isso tenha escolhido chamar a esta primeira carta “Parte 0”. Começa antes do princípio, é uma espécie de aquecimento, um momento em que tento encontrar a voz escrita que quero usar para contar esta minha história. Mas não está fácil. Escrevo e volto atrás. Apago e escrevo de novo e mesmo assim soa mal. Falta qualquer coisa e não sei o que é. Sinto-me, acima de tudo, bastante estúpida. Porventura é o cansaço que me come as palavras, ou talvez seja a minha cabeça que quer guardar só para nós (para mim e para ela, que, às vezes, se comporta como se não fizesse parte de mim) aquilo que gostaríamos que tivesse sido diferente.
É uma história minha, mas não é só minha."

É com este texto que começa a primeira newsletter deste ano.
Se quiserem ler na íntegra podem aceder aqui. Se quiserem subscrever podem também fazê-lo no mesmo link.

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30.01.23

Gosto das manhãs que se arrastam. De quando o dia vai começando, os miúdos não chamaram por mim e as tarefas ainda não se esfregaram nos meus olhos para me lembrar que tem de ser.
Gosto de ouvir o tempo a passar. O tempo lá fora e o tempo do relógio, com os ponteiros a dançar e eu a fazer-me de desimportada. Acho que desimportada não existe.

Sabe-me bem aconchegar-me na cama sabendo que a hora de levantar já passou, saboreando o pecado da preguiça, aquele pedaço de tempo em que a culpa está atrasada e ainda não me senti fraca porque devia estar a aproveitar o dia antes de o sol nascer, assistindo ao raiar da estrela mestre com a meditação feita, um treino no bucho, o banho tomado, a pele hidratada e a mesa do pequeno-almoço posta.
Parece-me o pináculo do luxo, poder olhar para a cesta da roupa e pensar, com uma certa arrogância, que já a atendo quando tiver disposição.

Gostos das manhãs que se demoram mesmo sabendo que o preço a pagar é passar o resto do dia meio grogue, lenta de pensamento e de movimento.

Se eu mandasse as manhãs começavam todas devagar, com uma tarefa de cada vez, como se o cérebro estivesse a fazer aquecimento para o treino pesado do resto do dia. Lá para a hora do almoço já se podia fazer qualquer coisa de outra envergadura.
Mas eu não mando nada, por isso levantei-me, arrastei o lombo pela casa e preparei os papo secos para o pequeno-almoço com aquilo que me parece um melão no lugar da cabeça.

Tempo

29.01.23

Sinto falta daquele tempo em que era miúda e o tempo existia de forma tão presente que eu tinha de puxar pela cabeça para saber o que fazer com ele.
Era um tempo em que o tempo estava para lá de um conceito e passava a ser um amigo que quase conseguia tocar. Não me pedia que me despachasse e nunca escasseava, em vez disso sentava-se ao meu lado, paciente e demorado, à espera que descobrissemos como nos havíamos de ocupar um com o outro.
Agora o tempo parece um inimigo, as segundas chegam em catadupa e o fim-de-semana mal se deixa ver.

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29.01.23

Esta semana não sei se a acabo viva, meio morta ou a passar para o outro lado. Juro que sinto que ontem foi segunda-feira.

1. Tem estado um frio do caraças. Mal sinto as mãos, tenho frieiras e só me apetece fechar-me numa gruta com uma fogueira e esperar que isto passe. Preciso de uma daquelas casas nórdicas que irradiam calor pelos calcanhares.

2. Dei banho aos 3 cães, levei os velhos ao veterinário, gastei uma pipa de massa e a Tulipa, assarapantada da boneca, foi fazer xixi em cima da cama lavada.

3. Levei os miúdos à vacina e fui multada, mas depois de ter visto uma bacana a desancar o gajo da EMEL ainda tive pena dele.

4. Pensei todos os dias em parar com estes textos, porque o tempo é pouco e quem é que quer saber disto? Mas depois o Moedas gastou uma pipa de massa num palco e eu ganhei outras forças.

5. Chegou o meu aspirador novo. A semana esteve numa merda tal que fiquei num excitex que vocês nem imaginam. Parecia eu que estava a receber cá em casa um daqueles bombeiros do calendário de Setúbal.

6. Na segunda fomos dar uma volta à Costa e acabámos a comer pão com chouriço.

7. Não acabei livro nenhum. Uma semana de miséria em termos de leitura. Tenho quatro livros em cima da mesa de cabeceira, dois estou a gostar muito, os outros estão lá porque me custa já ter lido uma parte e desistir.

8. Tenho tantas coisas para fazer que tenho a sensação constante de que me estou a esquecer de qualquer coisa.

9. Ontem demos uma volta no centro de Almada. Já não o fazia há anos. Tantas histórias da minha infância e adolescência. Percebo sempre que me torno no meu pai, a contar o que fazia aqui e ali, sempre com a frase na boca: xiiiiii, como isto está mudado.

10. Ontem, depois de passear o cão, enfiei-me em toda a roupa polar que tinha à mão: pijama, robe. Só não mudei para cuecas polares porque nunca encontrei à venda.

11. Hoje, depois de uma noite difícil porque a pequena tem estado com tosse, deixei-me adormecer. Acordei quando ouvi a chave a rodar na porta, com o Nuno a chegar das compras. O Ricardo tinha posto a mesa do pequeno-almoço sozinho e havia croissants para comer.

Escrevo isto enquanto como e e evito chorar porque amanhã é segunda.

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28.01.23

Torrada sem manteiga não é torrada.

E torrada boa leva manteiga dos dois lados.

Em 2018, depois de tentar planear a minha própria alimentação, a sofrer com dores de estômago durante meses e cansada de não conseguir solucionar o meu mal-estar sozinha, fui a uma consulta gastro e a uma nutricionista (sim, eu sei que devia ter sido o meu primeiro passo, mas às vezes a cabeça não pensa com os berlindes todos, vou falar sobre isso nas minhas 12 newsletters deste ano, vai ser o meu tema para 2023).
O médico prescreveu-me alguns medicamentos básicos, daqueles que nem precisam de prescrição e a nutricionista esbugalhou os olhos quando lhe disse que comia mais de sete peças de fruta por dia.

Cumpri o que ambos me recomendaram e, não só perdi o peso que queria, como fiquei (mais importante que tudo), sem dores de estômago.

As consultas já iam avançadas quando pedi à nutricionista que me desse mais opções de pequeno-almoço, estava farta do pão escuro com fiambre. Não pode ser uma torradinha? Perguntei-lhe eu. E ela que sim, sim, claro. Podia torrar o pão. E, depois de uma pausa, acrescentou: só não põe manteiga. Eu, que acho uma heresia considerar uma torrada pão tostado sem pingar aquele creme dos deuses, tive de me conter para não me mandar aos arames. Disse-lhe, contendo as palavras ali na zona da faringe: desculpe, mas a bem que a pessoa come uma torrada ou então come outra coisa qualquer. Torrada sem manteiga não é torrada, é uma ofensa ao palato, é pão em palha, é tristeza.

Alguma vez viram uma pessoa a comer uma torrada sem gordura? Está a definhar, aquela pessoa tem os olhos mate, não há ponta de brilho ali. Conseguiram perscrutar a tristeza dessa pessoa? Está abaixo do fundo do poço. Escreve #foco só para sentir que ainda vale a pena. O que é que aquela alma tem para lamber dos dedos quando o pão acaba?

Nada.

Torrada é bom, porque manteiga é vida.

E é isto que tenho para vos dizer este sábado. Matéria sem interesse, que vocês estão a ler quando deviam estar a dobrar peúgas ou a lavar o chão. Essa é que é essa.