As leis fundamentais da estupidez humana, de Carlo M. Cipolla
Este livrinho de apenas 63 páginas (sendo que nem todas contêm texto) foi-me recomendado há muito pelo @blogministeriodoslivros que completa hoje 5 anos de recomendações literárias. Espaço criado e gerido por alguém que continua a espantar-se com a capacidade crescente da estupidez humana. Hoje passei pelo livro na estante e pensei: nem é tarde nem é cedo. Quaisquer 30 a 45 minutos chegam para o ler de ponta a ponta.
Procurando fazer jus ao que o livro tenta elucidar, e porque resumir o que consta em 60 páginas minúsculas seria ridículo, aproveito para contar um episódio passado com senhor meu esposo, que calha a ser também o autor do supra referido blog.
Contexto: caixas rápidas do supermercado.
Intervenientes: mulher estúpida, meu esposo, outro senhor.
Estavam todos a processar as suas compras, o meu esposo e o outro senhor à espera que a mulher estúpida se despachasse a pesar os seus abacates. A pessoa discutia com a máquina, bufava, chamava rudemente pela funcionária. Era, para quem a visse, uma senhora bem posta. A dada altura o outro senhor pediu-lhe que, até que se resolvesse o problema dela, fosse deixando que os demais pesassem a sua fruta, ao que esta respondeu de forma azeda: a vida é mesmo assim, as pessoas têm de saber esperar pela sua vez. O meu esposo, que estava numa posição que o permitia ver o ecrã da balança, disse-lhe: tem toda a razão minha senhora, temos todos de saber esperar, mas esperariamos muito menos tempo se a senhora parasse de escrever abacate com agá (habacate). Ela grunhiu qualquer coisa. O outro senhor ficou a rir até ao dia seguinte.