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Exercício de escrita

Dois anos de vida. Um de família

14.11.21

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Faz hoje um ano que o Bob começou a fazer parte da família. Chegou magro, frágil, com o olhar triste de quem tinha amor para dar e ninguém para o receber.

Andava comigo na rua colado às minhas pernas, umas vezes por falta de forças, outras por receio de que esta oportunidade lhe fugisse por entre as patas.
Hoje, um ano mais tarde, é outro cão. Confiante, pateta, despassarado, mimado, mas sempre, sempre um doce de ter por perto.
Rouba pantufas, peluches e qualquer outra coisa que faça com que um humano corra atrás dele. Esfrangalha as molas da roupa, masca plantas e adora panquecas. Senta-se em cima dos meus pés a todas as refeições e cumprimenta-nos com o focinho colado aos nossos olhos, como se tentasse cheirar o que estivemos a ver.
Não sabemos o dia em que nasceu, sabemos apenas que, no dia em que veio cá para casa tinha um ano e mais mês menos mês. No dia em que tratámos da papelada, assegurando que fazia parte de uma família burocrática e emocionalmente, decidimos que seria como se tivesse nascido naquele dia.
Por isso hoje o Bob faz anos. Dois anos. Dois de vida. Um de família.
Gostamos dele até ao infinito e mais além e desconfio que ele consegue gostar ainda mais de nós. Como o meu filho costuma dizer-lhe nos seus diálogos piegas: agora tens uma família Bob e nós vamos tomar sempre conta de ti, pá!

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