As histórias que não se contam, de Susana Piedade
Apaixonei-me pela escrita da Susana Piedade quando li o Três mulheres no beiral (o seu livro mais recente e finalista do prémio Leya). Como me acontece com os escritores que me prendem não só pela história, mas pela forma da sua escrita, decidi ler todos os livros Susana. Assim tratei de comprar o primeiro (este, também ele finalista do prémio Leya).
Este As histórias que não se contam está, diria, dolorosamente bem escrito. Digo dolorosamente porque são história que doem e que marcam o leitor, não só porque sei que são tantas vezes reais, mas porque o detalhe me fez tocar no pior dos meus medos.
Não é fácil ler sobre uma mãe que perden um filho quando temos um bebé de semanas ao lado. A vida fica em perspetiva. Chatear-me com o mais velho por causa de um quarto desarrumado e voltar para o meu livro, terminar um capítulo com a sensação de que me desgastei com o que nao importa.
Os livros bons são assim, contam vidas que nos fazem pensar, dão-nos perspectiva, fazem-nos crescer e aprender com os sucessos e as derrotas de quem está dentro das suas páginas disponível para contar uma e outra vez a sua história.
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